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Folclore Brasileiro

  • Foto do escritor: Giani Lima
    Giani Lima
  • 17 de ago. de 2020
  • 21 min de leitura

Atualizado: 19 de ago. de 2020

Parlendas

Parlendas são versos infantis ritmados e repetitivos, normalmente breves e com rimas. São versos simples, divertidos e de fácil memorização. São criações anônimas que fazem parte do folclore brasileiro e passam de geração para geração, transmitindo a cultura oral popular.

As parlendas contribuem para o desenvolvimento da memorização, da comunicação, da socialização e do raciocínio lógico. São usadas em acontecimentos cotidianos, em brincadeiras de roda, em jogos, em decisões, em histórias ou apenas por diversão.


Um, dois, feijão com arroz Três, quatro, feijão no prato Cinco, seis, falar inglês Sete, oito, comer biscoitos Nove, dez, comer pastéis.

2. Dedo mindinho, Seu vizinho, Pai de todos, Fura bolo, Mata piolho.

3. Uni duni tê Salamê min guê O sorvete colorido O escolhido foi você!

4. Batatinha quando nasce, Se esparrama pelo chão, Menininha quando dorme, Põe a mão no coração.

5. Sol e chuva, Casamento de viúva. Chuva e Sol, Casamento de espanhol.

6. Cadê o toucinho que estava aqui? O gato comeu. Cadê o gato? Foi pro mato. Cadê o mato? O fogo queimou. Cadê o fogo? A água apagou. Cadê a água? O boi bebeu. Cadê o boi? Foi carregar trigo. Cadê o trigo? A galinha espalhou. Cadê a galinha? Foi botar ovo. Cadê o ovo? O frade comeu. Cadê o frade? Tá no convento.

7. O macaco foi à feira, não sabia o que comprar. Comprou uma cadeira pra comadre se sentar. A comadre se sentou, a cadeira esborrachou. Coitada da comadre, foi parar no corredor.

8. Corre cutia, na casa da tia. Corre cipó, na casa da avó. Lencinho na mão, caiu no chão. Moça bonita, do meu coração. Um, dois, três!

9. Hoje é domingo, pede cachimbo Cachimbo é de barro, dá no jarro O jarro é fino, dá no sino O sino é de ouro, dá no touro O touro é valente, dá na gente A gente é fraco, cai no buraco O buraco é fundo, acabou-se o mundo!

10. Santa Luzia Passou por aqui Com seu cavalinho Comendo capim. Santa Luzia Que tinha três filhas: Uma que fiava, Uma que tecia, Uma que tirava O cisco que havia.

11. Pedrinha rolou, Pisquei pro mocinho, Mocinho gostou. Contei pra mamãe, Mamãe nem ligou. Contei pro papai, Chinelo cantou.

12. Eu sou pequena Da perna grossa. Vestido curto, Papai não gosta.

13. A casinha da vovó cercadinha de cipó. O café está demorando com certeza não tem pó.

14. Quem cochicha, o rabo espicha. Come pão com lagartixa.

15. Serra, serra, serrador Quantas tábuas já serrou? Um, dois, três, quatro.

16. Una, duna, tena, catena, solá, soladá, gurupim, gurupá, conta bem, que são dez.

17. Lá na rua vinte e quatro, a mulher matou um sapo com a sola do sapato. O sapato estremeceu, a mulher morreu, o culpado não fui eu.

18. Galinha choca, comeu minhoca, saiu pulando, que nem pipoca.

19. Meio-dia macaco assobia panela no fogo barriga vazia. Meio-dia macaca Sofia fazendo careta pra Dona Maria.

20. Suco gelado cabelo arrepiado. Qual é a letra do seu namorado?

21. O Papagaio come milho, periquito leva a fama. Cantam uns e choram outros triste sina de quem ama.

22. Tá com frio? Toma banho no rio. Tá com calor? Toma banho de regador.

23. Rei, capitão, soldado, ladrão. Moça bonita do meu coração.

24. Eu sou pequenininha, do tamanho de um botão. Carrego papai no bolso e mamãe no coração.

25. Lá em cima do piano tinha um copo de veneno. Quem bebeu, morreu o azar foi seu!

26. Fui à feira comprar uva, encontrei uma coruja. Eu pisei na cauda dela, me chamou de cara suja.

27. A vovó da Mariazinha fez xixi na panelinha e falou pra todo mundo que era caldo de galinha.

28. Uma pulga na balança deu um pulo e foi à França. Os cavalos a correr, os meninos a brincar, vamos ver quem vai pegar.

29. Subi na roseira, quebrou um galho. Segura (nome da criança) senão eu caio.

30. Chuva, choveu goteira pingou. Pergunte ao papudo se o papo molhou.

31. Era uma bruxa à meia-noite em um castelo mal-assombrado com uma faca na mão passando manteiga no pão.

32. Quem vai ao ar, perde o lugar. Quem vai ao vento, perde o assento. Quem vai à ribeira, perde a cadeira.

33. A galinha do vizinho bota ovo amarelinho. Bota um, bota dois, bota três, bota quatro, bota cinco, bota seis, bota sete, bota oito, bota nove, bota dez!

34. João corta o pão, Maria mexe o angu, Teresa põe a mesa, para a festa do Tatu.

35. Salada, saladinha bem temperadinha com sal, pimenta. Fogo, foguinho, fogão!

36. Boca de forno. Forno! Tira o bolo. Bolo! Se um mestre mandar? Faremos todos! E se não for? Bolo!

37. Papagaio louro do bico dourado mande essa cartinha para o meu namorado. Se estiver dormindo, bata na porta. Se estiver acordado, deixa recado.

38. Bão, babalão, Senhor Capitão. Espada na cinta, ginete na mão. Em terra de mouro morreu seu irmão, cozido e assado no seu caldeirão.

39. A sempre-viva quando nasce, toma conta do jardim. Eu também quero arranjar quem tome conta de mim.

40. Fui passar na pinguelinha, chinelinho caiu do pé. Os peixinhos reclamaram: Que cheirinho de chulé!

41. Por detrás daquele morro, passa boi, passa boiada. Também passa moreninha, de cabelo cacheado.

42. Tropeiro fala de burro, vaqueiro fala de boi, jovem fala de namorada, velho fala que foi.

43. Fui ao botequim tomar café. Encontrei um cachorrinho de rabinho em pé. Sai pra fora, cachorrinho, que eu te dou um pontapé!

44. Fui andando pelo caminho. Éramos três, comigo quatro. Subimos os três no morro, comigo quatro. Encontramos três burros, comigo quatro.

45. Palma, palminha, palminha de Guiné pra quando papai vié. Mamãe dá a papinha, vovó bate cipó, na bundinha do nenê.

46. Entrou pela perna do pato, saiu pela perna do pinto. O rei mandou dizer que quem quiser que conte cinco: Um, dois, três, quatro, cinco.

47. Pinto pelado caiu do telhado, perdeu uma perna, ficou aleijado.

48. Agá, agá, a galinha quer botar. Ijê, ijê, minha mãe me deu uma surra fui parar no Tietê. Alô, alô, O galo já cantou. Amarelo, amarelo, fui parar no cemitério. Roxo, roxo, fui parar dentro do cocho.

49. Quem é? É o padeiro. E o que quer? Dinheiro. Pode entrar, que eu vou buscar o seu dinheiro lá embaixo do travesseiro.

50. Tique-taque carambola esse dentro esse fora.


Provérbios e Ditos Populares



Provérbios e Ditados são frases curtas que têm a função social de aconselhar e advertir, ao mesmo tempo que transmitem ensinamentos. Alguns deles possuem rimas, recurso que facilita a memorização.

De tradição oral e presente no nosso cotidiano, provérbios e ditados fazem parte da cultura popular brasileira e, logo, do nosso folclore. Eles surgem das interações cotidianas e são transmitidos oralmente entre gerações. Por isso, geralmente, os autores dessas expressões são anônimos.


1. A César o que é de César, a Deus o que é de Deus.

Esse provérbio popular mistura política e religião, uma vez que relaciona a justificação ao pagamento de tributos ou impostos a César, além da devoção ao Cristianismo. Esse provérbio foi dito por Jesus e está presente na Bíblia (Mateus 22:15-22).

2. Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura.

Esse ditado muito popular diz respeito à persistência para vencer os obstáculos. Ou seja, a erosão causada nas rochas pela água é fruto da insistência de bater diversas vezes no mesmo ponto, o que acaba furando a pedra.

3. A pressa é a inimiga da perfeição.

Essa expressão popular significa que as coisas devem ser feitas com calma para ficarem boas. Se do contrário, forem feitas com pressa, elas ficarão imperfeitas. Esse ditado está relacionado com outro muito popular: “Apressado come cru e quente.”.

4. À noite todos os gatos são pardos.

Esse ditado popular significa que sem muita luz tudo se parece igual. Sabemos que na escuridão não enxergamos bem as coisas e, por isso, devemos nos policiar antes de falar sobre algo visto nesse momento, pois podemos nos confundir.

5. Antes só do que mal acompanhado.

Esse ditado afirma que há casos em que é melhor estar sozinho do que com alguém que nos cause sofrimento e infelicidade. Muitas vezes, essa pessoa não acrescenta em nada, e só atrapalha a vida e os planos.

6. As aparências enganam.

Esse ditado popular significa que muitas vezes julgamos uma pessoa de um jeito, e ela mostra ser de outro. Por isso, ele nos ensina que a essência das pessoas é mais importante do que a aparência. Essa expressão está relacionada com outras muito populares: “Quem vê cara não vê coração” e “O hábito não faz o monge”.

7. A voz do povo é a voz de Deus.

Esse provérbio significa que a voz do povo tem a força, o poder e ainda, carrega a verdade, tal como a voz de Deus. Por isso, a voz do povo deve ser escutada.

8. Cada macaco no seu galho.

Esse ditado popular é muito utilizado para referir sobre a importância de cada um cuidar de seus próprios assuntos, sem se intrometer no de outros. Outra expressão popular muito utilizada e que possui o mesmo sentido é: “Cada um no seu quadrado”.

9. Caiu na rede, é peixe.

Esse ditado popular significa que devemos aproveitar tudo sem ficar escolhendo muito, pois qualquer coisa que tivermos será boa e servirá de conforto. Assim, nesse contexto, tudo deve ser aceito.

10. Casa de ferreiro, espeto de pau.

Esse ditado é utilizado quando temos algumas habilidade, porém não a utilizamos a nosso favor. Por exemplo, cozinhar na casa de outros, mas não fazer o mesmo em sua casa.

11. Cachorro que late não morde.

Essa expressão popular é utilizada para enfatizar que muitas pessoas que falam de forma ameaçadora podem não ser assim tão perigosas.

12. Cavalo dado não se olha os dentes.

Esse provérbio significa que não devemos criticar um presente ou algo que nos é dado, mesmo que não seja de nosso agrado. A ideia aqui é sempre agradecer em vez de ser crítico.

13. De grão em grão, a galinha enche o papo.

Essa expressão está relacionada com a paciência que devemos ter na vida para atingir determinado objetivo. Quando a galinha come, ela vai enchendo o papo com os grãos. Da mesma forma, pouco a pouco vamos conseguindo o que queremos. Outra expressão com o mesmo significado é “Devagar se vai ao longe”.

14. De médico e de louco todo mundo tem um pouco.

Esse ditado significa que todos nós adquirimos conhecimentos na vida que nos permitem identificar uma doença e algo que possamos tomar para minimizar os seus efeitos. Da mesma forma, também aprendemos a enfrentar alguma situação que nos obrigue a refletir além da realidade.

15. Deus ajuda quem cedo madruga.

Essa expressão popular significa que aquele que acorda cedo para trabalhar ou fazer algo que seja necessário será beneficiado, pois Deus sempre ajuda aqueles que possuem disposição. Do contrário, as pessoas que têm preguiça não serão beneficiadas.

16. Deus escreve certo por linhas tortas.

Esse provérbio significa que a vida pode apresentar um caminho diferente daquele em que traçamos os objetivos que gostaríamos de atingir, o qual seria uma linha reta com partida e chegada. Entretanto, um caminho cheio de curvas não será necessariamente um caminho errado, uma vez que com elas aprendemos algo que nos será valioso.

17. Diz-me com quem andas e eu te direi quem és.

Relacionado com a ideia das influências que sofremos das nossas companhias, esse ditado popular alerta para as qualidades e defeitos que podemos copiar das pessoas com quem mantemos contato.

18. É dando que se recebe.

Esse provérbio nos indica que quanto mais nos doamos e ajudamos os outros nessa vida, mais isso nos beneficiará. Isso significa que quem se beneficiou de nossa ajuda em dado momento, não hesitará em fazer o mesmo quando precisarmos de algo.

19. Em terra de cego quem tem olho é rei.

Esse ditado popular é uma metáfora que significa que no meio de tanta ignorância (os cegos) quem tem um olho (melhor possibilidade) é considerado alguém superior. Importante destacar que aqui quem tem o olho não necessariamente sabe muito, mas o pouco que sabe se sobressai.

20. Escreveu, não leu; o pau comeu.

Esse ditado significa que quando não prestamos atenção ao que escrevemos devemos arcar com as consequências. Um exemplo disso é assinar um contrato sem ter lido o seu conteúdo.

21. Filho de peixe, peixinho é.

Essa expressão popular é muito utilizada para indicar as semelhanças entre um pai, ou uma mãe, e seu filho. Note que essas semelhanças podem ser físicas ou relacionadas com a personalidade.

22. Gato escaldado tem medo de água fria.

Esse ditado popular significa que se alguém já sofreu com algo, ficará mais esperto se tiver que passar por uma situação semelhante. Ou seja, torna-se uma pessoa mais precavida.

23. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.

Essa expressão popular significa, em sentido literal, que quando alguém se apropria de algo que pertence à outra pessoa, essa mesma pessoa tem o direito de fazer o mesmo. Em sentido figurado, ele pode ser utilizado em outras situações como, por exemplo, quando alguém age com agressividade, o atingido pode agir da mesma maneira, sem ser julgado.

24. Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

Esse ditado popular significa que mais vale ter algo garantido do que não ter nada. Assim, ele define a prudência da certeza, no lugar de algo que é ainda considerado incerto.

25. Mentira tem perna curta.

Essa expressão popular nos revela que a verdade, em algum momento, superará a mentira. Isso porque a mentira tem perna curta, ou seja, não vai muito longe. Portanto, é melhor tomar cuidado com as inverdades que se pronuncia, porque de uma forma ou de outra ela virá à tona.

26. O barato sai caro.

Essa expressão popular mostra que muitas vezes economizamos em algo que, por fim, acaba nos custando mais caro. Ou seja, buscou economizar de um lado e acabou perdendo de outro.

27. Onde há fumaça há fogo.

Essa expressão popular é utilizada em contextos onde coisas misteriosas acontecem e não temos uma resposta científica associada a sua causa. Assim, há coisas que não compreendemos muito bem porque são desconhecidas, que, todavia, suspeitamos quando detectamos a fumaça.

28. O seguro morreu de velho.

Esse ditado popular faz referência à sabedoria que devemos ter como precaução para evitar coisas desagradáveis na vida. Assim, o que vale é ser prudente em suas ações.

29. Para bom entendedor, meia palavra basta.

Essa expressão é muito utilizada quando um discurso pode ser substituído por uma mensagem menor, e que também será compreendida. Dessa maneira, nem sempre uma explicação longa é necessária para que alguém entenda o que se pretende dizer. Aqui, o que vale é o poder da síntese.

30. Para baixo todo santo ajuda.

Esse ditado popular significa que é mais fácil descer na vida do que subir. Isso porque quando descemos não necessitamos de muito esforço. Do contrário, para subir, necessitamos de mais força e, por vezes, nos sacrificamos para conseguir atingir o topo.

31. Pimenta nos olhos dos outros é refresco.

Quando não nos colocamos no lugar dos outros podemos utilizar essa expressão popular. Ela significa que pouco nos importa o sofrimento e o sentimento alheio, ou seja, não demonstramos compaixão pelo outro.

32. Pôr a mão no fogo.

Essa expressão popular é utilizada quando temos total confiança em alguém e, por isso, faríamos algo tão absurdo como “colocar a mão no fogo”, confirmando que acreditamos que aquela pessoa não nos decepcionará.

33. Dar uma de joão-sem-braço.

Esse ditado popular é utilizado quando alguém propositadamente se finge de desentendido. Isso pode acontecer devido à preguiça ou mesmo porque a pessoa não quer realizar alguma obrigação necessária.

34. Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha.

Essa expressão popular significa que quando há alguém falando, por educação, não se deve interromper. Nesses momentos, devemos ficar calados, prestar atenção ao comentário do outro e esperar nossa vez de falar.

35. Quem ama o feio, bonito lhe parece.

Esse ditado popular significa que quando alguém ama uma pessoa que não é esteticamente perfeita, ela acaba lhe parecendo bonita por conta da força do sentimento. Isso acontece pois se dá valor à essência, à personalidade, às qualidades internas, no lugar de dar importância somente à aparência.

36. Quem canta seus males espanta.

Essa expressão popular é muito conhecida e utilizada para afirmar que a música pode ser um remédio natural para espantar dias ruins, dores e infelicidades. Assim, quem canta afasta as tristezas e os problemas da vida e se torna uma pessoa mais feliz e bem humorada.

37. Quem casa quer casa.

Por razões econômicas, muitos casais continuam vivendo na casa dos pais depois do casamento, mas perdem a sua privacidade. Assim, essa expressão popular significa, literalmente, que quando um casal resolve se casar eles desejam ter a sua própria casa.

38. Quem com ferro fere, com ferro será ferido.

Esse provérbio é utilizado para indicar que as más ações que executamos voltarão para nós da mesma maneira. Inspirado numa das frases que Jesus proferiu “Viva pela espada, morra pela espada” (Mateus 26:52), essa expressão está relacionada com a justiça divina ante a violência.

39. Quem mistura-se com porcos, farelo come.

Esse ditado popular está relacionado com as consequências que algumas companhias podem nos trazer. Por isso, devemos ter cuidado com quem andamos para não sermos enganados e levados para um caminho errado.

40. Quem não tem cão, caça com gato.

Essa expressão indica que quando não temos algo específico para resolver algum problema, utilizamos outra maneira similar que, entretanto, também funcionará. Existe uma teoria que essa expressão foi sendo modificada com o tempo e que a original seria “quem não tem cão, caça como gato”, ou seja, de maneira sorrateira, como um gato faz quando caça.

41. Quem pode, pode; quem não pode, se sacode.

Esse ditado popular é utilizado para indicar as vantagens que algumas pessoas possuem na vida e outras não. Ela pode estar relacionada com bens materiais ou influências, por exemplo.

42. Quem ri por último ri melhor.

Esse ditado popular significa que numa disputa não devemos nos considerar vitoriosos e numa posição de vantagem em relação a outra pessoa, pois a situação pode se inverter. Trata-se de uma provocação onde a pessoa que está numa situação desfavorável diz para seu oponente, tal como um aviso, de que a mesma irá mudar.

43. Quem semeia vento, colhe tempestade.

Esse provérbio significa que todas más ações terão consequências ruins nas nossas vidas. De origem bíblica (Oseias 8:7), ele está relacionado com outra expressão popular muito utilizada que é “Plantamos o que colhemos”.

44. Quem tem boca vai a Roma.

Essa expressão é utilizada para destacar o poder da comunicação. Assim, se você tem boca para se comunicar por palavras, com certeza encontrará a resposta correta. Pesquisas indicam que com o tempo essa expressão foi sendo modificada da original que seria “Quem tem boca vaia Roma” (do verbo vaiar).

45. Saco vazio não para em pé.

Esse ditado popular é uma metáfora que se relaciona com a importância de comer para estarmos bem. Assim, para nos sustentarmos na posição de pé, necessitamos de comida, tal como um saco só consegue ficar direito se estiver cheio.

46. Uma andorinha sozinha não faz verão.

Esse ditado popular indica que uma pessoa sozinha não é capaz de mudar uma situação, não tendo, portanto, a influência necessária. Outra expressão que tem um significado similar é “A união faz a força”.

47. Um dia é da caça, outro do caçador.

Esse ditado carrega a ideia de que nem todos os dias são favoráveis, pois em um deles você pode se dar bem e ser o caçador, e em outro, ser a caça. Assim, aceitar as perdas e os ganhos fazem parte da vida e podem nos servir de consolo ou mesmo, de motivação.

48. Todos os caminhos levam a Roma.

Esse ditado popular significa que mesmo que escolhamos caminhos diferentes, todos levarão a um mesmo lugar. Ou seja, todos os caminhos que dispomos nos levarão ao mesmo resultado.

49. Santo de casa não faz milagre.

Utilizamos esse provérbio quando demonstramos não ter confiança em alguém que é do local que vivemos. Assim, buscamos alguém de fora para resolver a questão no lugar de confiar em quem é mais próximo.

50. Quem não chora não mama.

Esse ditado popular significa que quanto mais nos esforçamos, melhor será para atingir nossos objetivos. Assim como um bebê que chora para mamar, se formos esforçados, teremos um bom resultado.

51. Tapar o sol com a peneira.

Quando queremos esconder ou adiar algo, utilizamos esse ditado. Assim como uma peneira, cheia de furos, o sol passará por ela e, portanto, por mais que queiramos ocultar ou adiar a responsabilidade de algo, esse método não será eficiente.

52. Não adianta chorar pelo leite derramado.

Esse ditado popular significa que não devemos nos arrepender do que já está feito, que já aconteceu. Por isso, não adianta chorar por aquilo que já não se pode fazer nada, o que devemos fazer é seguir em frente.

53. Onde Judas perdeu as botas.

Quando nos referimos a um lugar distante, de complicado acesso ou, ainda, muito difícil de ser encontrado, utilizamos esse ditado. Supostamente, ele surgiu na Idade Média, já que a população não sabia ler ou escrever, foram criadas diversas narrativas sobre os acontecimentos religiosos.

54. Salvo pelo gongo.

Essa expressão é utilizada em situações incômodas ou de perigos, onde algo acontece e interfere diretamente na realização completa do evento. Esse ditado surgiu no século XVII na Inglaterra, quando as pessoas passaram a ser enterradas com um braço ligado a um sino, para o caso de serem salvas se ainda estivessem vivas. Em inglês a expressão é: “Saved by the bell”.

55. Cair no conto do vigário.

Quando alguém é enganado por outra pessoa, utilizamos essa expressão. Dessa maneira, esse ditado é usado para indicar que alguém foi trapaceiro e agiu de maneira desleal e fraudulenta.

56. Cor de burro quando foge.

Essa expressão popular é utilizada quando queremos indicar a cor de algo, mas ela não é precisamente definida. Estudiosos do tema afirmam que a expressão original era “Corro de burro quando foge” (do verbo correr) e que com o tempo foi adquirindo outro significado.

57. O pior cego é o que não quer ver.

Esse ditado popular é utilizado quando alguém nega a verdade, ou mesmo por negligência e alienação, assume que a verdade é outra não querendo enxergar os fatos que estão à sua frente. Ele é muito utilizado em situações de crise em que devemos encontrar soluções para um problema.

58. Quem fala o que quer ouve o que não quer.

Aquele que se vê no direito de dizer tudo o que vem à mente, sem se policiar com as palavras usadas, pode sofrer com o resultado. Assim, esse ditado é utilizado em situações onde se escuta o que não quer, como consequência de não ter refletido antes de falar. Outra expressão que pode ser usada em situações parecidas é “O feitiço virou contra o feiticeiro”.

59. Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe.

Esse provérbio significa que devemos aceitar a vida como ela é. Ou seja, nada na vida é permanente, seja a felicidade ou a infelicidade. Durante toda a trajetória, teremos dias bons e outros ruins, e tanto um como o outro são essenciais para aprendermos a lidar com diferentes situações.

60. De pequenino é que se torce o pepino.

Esse ditado popular faz referência à educação que damos às crianças e que fazem toda a diferença no futuro. Essa expressão está relacionada com o cultivo dos pepinos, pois para que cresçam saudáveis é necessário podá-los enquanto são pequenos.


Adivinhações


As adivinhas ou adivinhações começam tradicionalmente com a pergunta "o que é, o que é...?". Elas fazem parte da literatura popular e das brincadeiras folclóricas.

Em sua estrutura é feita uma pergunta e, geralmente, as respostas são engraçadas e algumas até bem difíceis.

Assim, as adivinhas usam a lógica e diversos trocadilhos.


1. O que é, o que é? Feito para andar e não anda.


2. O que é, o que é? Dá muitas voltas e não sai do lugar.


3. O que é, o que é? Tem cabeça e tem dente, não é bicho e nem é gente.


4. O que é, o que é? Não se come, mas é bom para se comer.


5. O que é, o que é? Uma impressora disse para a outra.


6. O que é, o que é? Quanto mais rugas têm mais novo é.


7. O que é, o que é? O 4 disse para o 40.


8. O que é, o que é? Nunca volta, embora nunca tenha ido.


9. O que é, o que é? Anda com os pés na cabeça.


10. O que é, o que é? A esfera disse para o cubo.


11. O que é, o que é? Quanto mais se tira mais se aumenta.


12. O que é, o que é? Fica cheio durante o dia e vazio durante a noite.


13. O que é, o que é? Quanto mais cresce, mais baixo fica.


14. O que é, o que é? Vários pontinhos amarelos na parede.


15. O que é, o que é? Mesmo atravessando o rio não se molha.


16. O que é, o que é? Há no meio do coração.


17. O que é, o que é? Se alimenta de léguas.


18. O que é, o que é? Tem no meio do ovo.


19. O que é, o que é? Está sempre no meio da rua e de pernas para o ar.


20. O que é, o que é? O zero disse para o oito.


21. O que é, o que é? Todo mês tem, menos abril.


22. O que é, o que é? Fica no início da rua, no fim do mar e no meio da cara.


23. O que é, o que é? O cavalo foi fazer no orelhão.


24. O que é, o que é? Tem cauda, mas não é cão; não tem asas, mas sabe voar. Se a largam, não sobe, e sai ao vento a brincar.


25. O que é, o que é? Pode passar diante do sol sem fazer sombra.


26. O que é, o que é? O nadador faz para bater o recorde.


27. O que é, o que é? O tomate foi fazer no banco.


28. O que é, o que é? Tem 5 dedos, mas não tem unha.


29. O que é, o que é? Anda com a barriga para trás.


30. O que é, o que é? Um tigre que se parece com um velho.


31. O que é, o que é? Tem mais de dez cabeças e não sabe pensar.


32. O que é, o que é? Enche uma casa, mas não enche uma mão.


Respostas


1- A rua

2- O relógio

3- O alho

4- O talher

5- Essa folha é tua ou é impressão minha?

6- O pneu

7-Passa a bola

8- O passado

9- O piolho

10- Deixa de ser quadrado

11- O buraco

12- O sapato

13- O rabo de cavalo

14- Fandangos alpinistas

15- A ponte

16- A letra "A"

17- O papa-léguas

18- A letra "V"

19- A letra "U"

20- Que cinto maneiro

21- A letra"O"

22- A letra"R"

23- Passar um trote

24- A pipa

25- O vento

26- Nada

27- Tira extrato

28- A luva

29- A perna da gente

30- Quando -e um tigre de bengala

31- Uma caixa de fósforo

32- Um botão


Trava-línguas


Trava-Línguas são um tipo de parlenda, jogo de palavras que faz parte da literatura popular. O trava-língua é uma frase difícil de recitar em decorrência da semelhança sonora das suas sílabas.

  1. Num ninho de mafagafos há sete mafagafinhos. Quando a mafagafa gafa, gafam os sete mafagafinhos.

  2. Trazei três pratos de trigo para três tigres tristes comerem.

  3. A aranha arranha a rã. A rã arranha a aranha. Nem a aranha arranha a rã. Nem a rã arranha a aranha.

  4. O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, o tempo respondeu ao tempo que o tempo tem o tempo que o tempo tem.

  5. Se percebeste, percebeste. Se não percebeste, faz que percebeste para que eu perceba que tu percebeste. Percebeste?

  6. O Rato roeu a rica roupa do rei de Roma! A rainha raivosa rasgou o resto e depois resolveu remendar!

  7. Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros.

  8. O sabiá não sabia que o sábio sabia que o sabiá não sabia assobiar.

  9. Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores.

  10. Olha o sapo dentro do saco. O saco com o sapo dentro. O sapo batendo papo e o papo soltando o vento.

  11. A Iara agarra e amarra a rara arara de Araraquara.

  12. Fala, arara loura. A arara loura falará.

  13. Quem a paca cara compra, paca cara pagará.

  14. Bagre branco, branco bagre.

  15. A babá boba bebeu o leite do bebê.

  16. A mulher barbada tem barba boba babada e um barbado bobo todo babado!

  17. O que é que Cacá quer? Cacá quer caqui. Qual caqui que Cacá quer? Cacá quer qualquer caqui.

  18. Chega de cheiro de cera suja.

  19. Concluímos que chegamos à conclusão que não concluímos nada. Por isso, conclui-se que a conclusão será concluída, quando todas tiverem concluído que já é tempo de concluir uma conclusão.

  20. Um ninho de carrapatos, cheio de carrapatinhos, qual o bom carrapateador, que o descarrapateará?

  21. Quem era Hera? Hera era a mulher de Zeus.

  22. O desinquivincavacador das caravelarias desinquivincavacaria as cavidades que deveriam ser desinquivincavacadas.

  23. O doce perguntou pro doce qual é o doce mais doce que o doce de batata-doce. O doce respondeu pro doce que o doce mais doce que o doce de batata-doce é o doce de doce de batata-doce.

  24. O bispo de Constantinopla, é um bom desconstantinopolitanizador. Quem o desconstantinopolitanizar, um bom desconstantinopolitanizador será.

  25. Esta casa está ladrilhada, quem a desenladrilhará? O desenladrilhador. O desenladrilhador que a desenladrilhar, bom desenladrilhador será!

  26. O original não se desoriginaliza! O original não se desoriginaliza! O original não se desoriginaliza! Se desoriginalizásemo-lo original não seria!

  27. Fia, fio a fio, fino fio, frio a frio.

  28. Se o Faria batesse ao Faria o que faria o Faria ao Faria?

  29. Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia.

  30. Não sei se é fato ou se é fita. Não sei se é fita ou fato. O fato é que você me fita e fita mesmo de fato.

  31. A naja egípcia gigante age e reage hoje, já.

  32. Gato escondido com rabo de fora tá mais escondido que rabo escondido com gato de fora.

  33. La vem o velho Félix com o fole velho nas costas.

  34. Um limão, mil limões, um milhão de limões.

  35. Ao longe ululam cães lugubremente à Lua.

  36. Se a liga me ligasse, eu também ligava a liga. Mas a liga não me liga, eu também não ligo a liga.

  37. Maria-Mole é molenga. Se não é molenga, não é Maria-Mole. É coisa malemolente, nem mala, nem mola, nem Maria, nem mole.

  38. A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.

  39. Os naturistas são naturalmente naturais por natureza.

  40. O padre pouca capa tem, porque pouca capa compra.

  41. Perto daquele ripado está palrando um pardal pardo.

  42. O princípio principal do príncipe principiava principalmente no princípio principesco da princesa.

  43. A pia perto do pinto, o pinto perto da pia. Quanto mais a pia pinga mais o pinto pia. A pia pinga, o pinto pia. Pinga a pia, pia o pinto. O pinto perto da pia, a pia perto do pinto.

  44. Há quatro quadros três e três quadros quatro. Sendo que quatro destes quadros são quadrados, um dos quadros quatro e três dos quadros três. Os três quadros que não são quadrados, são dois dos quadros quatro e um dos quadros três.

  45. Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco, é ornitorrinco, ornitologista, é ornitologista, e otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.

  46. Toco preto, porco fresco, corpo crespo.

  47. Se o Pedro é preto, o peito do Pedro é preto e o peito do pé do Pedro também é preto.

  48. Pedro pregou um prego na porta preta.

  49. Paulo Pereira Pinto Peixoto, pobre pintor português, pinta perfeitamente, portas, paredes e pias, por parco preço, patrão.

  50. Pedreiro da catedral, está aqui o padre Pedro? – Qual padre Pedro? – O padre Pedro Pires Pisco Pascoal. – Aqui na catedral tem três padres Pedros Pires Piscos Pascoais como em outras catedrais.

  51. Se o papa papasse papa, se o papa papasse pão, se o papa tudo papasse, seria um papa -papão.

  52. Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos. Seis paralelogramos tem um paralelepípedo. Mil paralelepípedos tem uma paralelepipedovia. Uma paralelepipedovia tem mil paralelogramos. Então uma paralelepipedovia é uma paralelogramolândia?

  53. A rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada.

  54. O Borges relojoeiro ruminara roendo raspas de raiz de romãzeira.

  55. Teto sujo, chão sujo.

  56. A vida é uma sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem sucessivamente, sem suceder o sucesso.

  57. Fui caçar socó, cacei socó só, soquei socó no saco socando com um soco só.

  58. Caixa de graxa grossa de graça.

  59. Tecelão tece o tecido em sete sedas de Sião. Tem sido a seda tecida na sorte do tecelão.

  60. Uma trinca de trancas trancou Tancredo.

  61. Se cada um vai a casa de cada um é porque cada um quer que cada um vá lá. Porque se cada um não fosse a casa de cada um é porque cada um não queria que cada um fosse lá.

  62. Tem uma tatu-peba, com sete tatu-pebinha. Quem destatupebar ela, bom destatupebador será.

  63. Atrás da porta torta tem uma porca morta.

  64. Para ouvir o tique-taque, tique-taque, tique-taque. Depois que um tique toca é que se toca um taque.

  65. Se vaivém fosse e viesse, vaivém ia, mas como vaivém vai e não vem, vaivém não vai.

  66. O seu Veiga come aveia e pão com manteiga.

  67. Casa suja, chão sujo. Chão sujo, casa suja.

  68. Brito britou de brilhantes, brincando de britador.

  69. Luzia lustrava o lustre listrado, o lustre listrado luzia.

  70. Catarina canta uma canção com Carina.

  71. Pardal pardo, por que sempre palras? Palro sempre e palrarei, porque sou pardal pardo. O palrador d'el-rei.

  72. Com fé, vou a pé à Sé.

  73. Alô, o tatu tá aí? - Não, o tatu não tá. Mas a mulher do tatu tando, é o mesmo que o tatu tá.

  74. A faca afiada ficava no fundo do fogão.

  75. A chave do chefe Chaves está no chaveiro.

  76. Quando digo "digo", digo "digo". Não digo "Diogo". Quando digo "Diogo", digo "Diogo". Não digo "digo".

  77. Larga a tia, lagartixa. Lagartixa, larga a tia.

  78. A aglomeração na gleba glacial glosava a inglesa glamorosa que glosava com o gladiador glutão.

  79. A hidra, a dríade e o dragão, ladrões do dromedário do Druida foram apedrejadas.

  80. O frasco francês está fresco e frio.

  81. A abelha abelhuda abelhudou as abelhas.

  82. O bode bravo berra e baba na barba.

  83. A flora do seu Floripes vende flores fabulosas.

  84. O brinco da Bruna brilha.

  85. Dorme o gato, corre o rato e foge o pato.

  86. O tenente valente felizmente recebeu um presente.

  87. Bote a bota no bote e tire o pote do bote.

  88. Um tigre, dois tigres, três tigres.

  89. O gato fugiu pro mato e pegou carrapato no ato.

  90. José junta jabuticabas na jarra.

 
 
 

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